“Agora minha filha vai ter alguém em quem se inspirar também!” Essa é a fala de uma personagem no episódio piloto de Supergirl, ao ver a imagem da heroína na televisão! E essa também é nosso sentimento com o lançamento dessa série na TV aberta americana!
Supergirl é a prima do Superman que foi enviada para Terra com o intuito de cuidar de seu primo bebê. Mas a garota fica presa no espaço, em um lugar onde o tempo não passa, quando ela chega no nosso planeta, ainda criança, anos já se passaram e seu primo já é um homem adulto e o Superman que conhecemos. Ele leva a prima para ser criada numa segura família e a garota, chamada Kara, cresce sem usar seus poderes. Ela passa a trabalhar como assistente de uma arrogante e exigente executiva (alguém aí lembrou de O Diabo Veste Prada?), mas um fato faz com que ela precise usar seus poderes para salvar uma pessoa que ama. Kara gosta do que faz, e nota que tem que usar seu dom para ajudar a humanidade, assim como seu primo.
Muitos quando viram o trailer de Supergirl criticaram por essa pegada de "trama de menininha” ou a semelhança com O Diabo Veste Prada, e sim, a série está cheia de clichês de filmes de comédia romântica e também lembra em alguns momentos o longa protagonizado por Anne Hathaway e Meryl Streep. Mas para nós, isso em momento algum foi prejudicial, ao contrário, foi muito bom ver essa “típica” garota, que poderia ser protagonista de qualquer filme água com açúcar que vemos aos montes na Sessão da Tarde, ser uma heroína e salvar o mundo! E além do momento que já falamos, onde uma mulher fala que agora sua filha tem em quem se inspirar, o piloto de Supergirl traz outras cenas com discussões e referências feministas, como a cena onde Kara e sua chefe discutem sobre o nome ideal, “Supergirl ou Superwoman?” E como é dito no episódio, sim, meninas podem ser “garotas” e também serem super-heroínas!
Mas você que gosta da parte da ação, não vai ficar decepcionado, o primeiro episódio tem grandes movimentações e lutas bem feitas também! Mas claro, não vá assistir achando que vai ver uma série no nível de Daredevil, pois irá se decepcionar! Primeiro de tudo, Supergirl é uma série do canal americano CBS, ou seja, um canal aberto. Os efeitos especiais vão te lembrar os de Once Upon a Time em alguns momentos, e não existe todo aquele grande roteiro e conflitos psicológicos bem trabalhados. Mas não é isso que Supergirl pretende ser, ela quer mesmo trazer o puro entretenimento, uma gostosinha e despretensiosa série de super-herói com toques de comédia romântica.
Lembramos de um episódio da série Looking, onde o protagonista Patrick, explica o motivo dele e de muitos gays gostarem tanto de jogar videogame com personagens femininos. Ele explica, que não é pelo motivo que muitos pensam, que os gays queriam ser mulheres, e sim pelo fato de identificação, pois elas, assim como nós, homens gays, ainda sofrem preconceito e não são totalmente bem retratadas nas mídias populares, etc. É por essa identificação de minoria que ficamos tão felizes quando vemos personagens femininas fortes! E como ficamos satisfeitos com as heroínas começando a protagonizar nesse campo que sempre foi mais masculino, já temos a série Agent Carter, agora Supergirl e em breve Jessica Jones na Netflix! Mas perguntamos, e o primeiro filme ou série com um super-herói gay, quando sairá?
Supergirl tem sua estreia marcada na TV americana só para novembro, mas o piloto já foi liberado na internet. E só a versão de maior qualidade, em 1080p, já teve mais de 150k downloads. Dá pra ver que um sucesso vem por aí! E você já conferiu? Também fica feliz com séries de heróis protagonizadas por mulheres? Acha legal esse clima leve e ao mesmo tempo feminista de Supergirl? Comenta com a gente!
