5 Filmes gays

   Todos queremos de alguma forma nos ver representados nas narrativas que acompanhamos, seja em um filme, livro, série ou até em músicas que ouvimos. Queremos sentir aquilo que o nosso personagem querido está sentido e queremos nos identificar com sentimentos e situações. Quem nunca amou um filme, por mais mal feito que ele fosse, apenas por se identificar muito com a história ou com certo personagem? Ou seja, todos desejam ser representados e vistos, e consequentemente, se ver de alguma forma. Cada vez mais filmes que retratam homossexuais têm sido feitos de uma forma primorosa. E até achamos que nós, como um casal gay que escreve um blog, já demoramos para falar um pouco sobre tais filmes. Então hoje contaremos para vocês quais os cinco filmes com essa temática que nós dois adoramos:

Direito de Amar (2010)

   Esse foi o primeiro, e por enquanto único, filme dirigido pelo famoso estilista Tom Ford. E esperamos ansiosamente por mais obras cinematográficas dele, pois a qualidade desse longa é impecável. A trama se passa na década de 60 e conta a história de um professor que perdeu recentemente seu marido com quem viveu por muitos anos. Ele então não vê mais sentido na vida, e não consegue superar a dor da perda, assim inicia preparativos para se matar. O filme rendeu ao ator Colin Firth uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Eu Matei Minha Mãe (2009)

   O primeiro filme do ótimo diretor, roteirista e ator canadense, Xavier Dolan, e em Eu Matei Minha Mãe ele exerce todas essas funções. A obra gira em torno da relação problemática do protagonista Hubert e sua mãe. Ao mesmo tempo que o personagem de Xavier Dolan ama sua mãe, ele a odeia. Estão presentes várias frases marcantes e pensamentos que nos fazem refletir e nos identificar com essa relação de amor e ódio entre mãe e filho. Destaque também para a cena de sexo de Hubert e seu namorado no meio de tintas coloridas e jornais.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)

   Versão do curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho (2010), aliás Victor prefere o curta ao longa, Bruno não. Conta a história do garoto cego Leonardo, que descobre sua sexualidade e o amor com a chegada de um novo colega de classe, Gabriel. O filme é lindíssimo e fofo, e de fácil identificação com qualquer pessoa, independente da sexualidade. Com certeza um dos mais bonitos filmes feito nos últimos anos no Brasil. E ainda tem uma trilha sonora toda especial que dá um toque a mais na história.

Weekend (2011)

   Esse filme lembra muito a série Looking, e com uma explicação lógica, a mente criadora das duas obras é a mesma, o diretor e roteirista Andrew Haigh. Os protagonistas são Russell e Gleen, dois caras que se conhecem numa balada e passam a noite juntos, eles acabam se gostando bastante e tendo de cara uma parceria e intimidade incríveis. O filme acompanha os próximos dias que restam a esse casal, já que Glen está com mudança marcada para logo após o final de semana.

Orações para Bobby (2009)

   Mais um filme que retrata a relação mãe e filho gay, mas aqui mais especificamente uma matriarca totalmente religiosa e intolerante. Vemos a protagonista, vivida por Sigourney Weaver, levar o filho a terapias e tentar curá-lo com a religião, até que algo acontece fazendo essa mulher rever seus conceitos e crenças. Baseado em fatos reais, esse é um caso de filme que não é dos mais bem feitos, mas onde rola uma identificação tão forte (principalmente para Bruno, que tem uma mãe bem parecida e já sofreu com religião) que não existe a possibilidade dessa obra não entrar numa lista de favoritos.

   É claro que existem vários outros filmes não citados, por exemplo The Normal Heart e Azul é a Cor Mais Quente são outros dois com essa temática que amamos, mas já foram citados recentemente em outros textos ou listas do blog. Vários outros filmes ainda não vimos, e por isso agora, contamos com vocês nos comentários para nos indicarem outras histórias que também nos representem no cinema.