30 de dezembro de 2014

Feliz 2015


   O ano tá acabando e chegou a hora de fazer uma retrospectiva e ver o que de melhor aconteceu em 2014 e deixar as coisas ruins para trás. Como já dito no post de Natal, muita coisa especial aconteceu para gente no ano que está se encerrando e para 2015 muitos planos se concretizarão, incluindo alguns para o crescimento do blog, como o Vlog e a sessão Bruno Turistinha. Mas enquanto o novo ano não começa, preparamos um “Melhores de 2014”. Vamos comentar o filme que mais gostamos, a temporada de série e o melhor da TV nacional.

   O nosso filme favorito foi The Normal Heart, o longa da HBO dirigido por Ryan Murphy, conta o início da epidemia da Aids em Nova Iorque e como o ativista gay, Ned Weeks, esteve a frente da causa para alertar os homossexuais e a população em geral sobre a doença. A história é lindíssima, faz chorar, e além disso, é um retrato histórico fiel da comunidade homossexual dos anos 80. Atuações primorosas são vistas, destacando-se os atores Mark Ruffalo, Julia Roberts, Matt Bomer e Jim Parsons. E é interessante relembrar que ele é um filme feito para a TV, mas nem por isso deixa a desejar para outras produções cinematográficas, entrando não apenas para nossa lista de melhores do ano, como em várias outras.


   A melhor temporada em nossa opinião foi a 2ª de Orange Is The New Black. A série da Netflix tem cada vez mais ganhado fãs e respeito da crítica, e não por menos, esse segundo ano conseguiu superar o primeiro, que já foi excelente. Dessa vez não olhamos apenas a prisão do ponto de vista da protagonista, Piper, mas temos mais visões e conhecimento da vida de várias outras detentas. Outro grande destaque fica para a nova personagem, Vee, ela chega para movimentar a trama e ter ares de grande vilã dentro da prisão. 


   Também decidimos destacar o melhor da TV nacional, e não há dúvidas, Boogie Oogie foi a novela que conseguiu voltar a fazer-nos ficar vidrados diariamente, voltar a ter aquela sensação de que se perdeu um capítulo, perdeu tudo. O folhetim, do autor Rui Vilhena, tem uma trama ágil, daquele tipo que não era mais vista há algum tempo na televisão brasileira. A trilha sonora e toda a atmosfera dos anos 70 são outros pontos a favor da telenovela. Aqui também vemos ótimas atuações, destaques para o casal protagonista (que consegue não ser chato, algo raro em novelas atuais) representados por Isis Valverde e Marco Pigossi, e ainda vale lembrar as perfeitas atuações de Bianca Bin, Giulia Gam, Alessandra Negrini, Francisco Cuoco e Betty Faria. Se você há tempos não vê uma novela boa, ou se tem preconceito com novelas, vale dar uma chance para Boogie Oogie.


   Esse foram os nossos três melhores do ano, claro que várias outras coisas se destacaram, vale fazer menções honrosas para os filmes Ninfomaníaca e Garota Exemplar, para as primeiras temporadas das séries Looking e How To Get Away With Murder, e na tv nacional para as séries Dupla Identidade e Amores Roubados.

   Desejamos um Feliz Ano Novo para todos os leitores, que curtam muito o réveillon, e que todas as suas metas para 2015 se realizam. Queremos agradecer também a vocês que nos acompanham aqui no blog, e esperamos todos no próximo ano conferindo todas as novidades!

28 de dezembro de 2014

10 Filmes que gostamos e estão na Netflix


   Serviços de Streaming, como a Netflix, estão cada vez mais populares. Nessa época onde muitos estão de férias, é uma ótima pedida para passar o tempo vendo muitos filmes e séries. Nós dois dividimos uma conta, praticamente desde o início do namoro, e somos viciados em estrinchar o catálogo do site para descobrir coisas legais para assistir ou para rever filmes que gostamos muito. As séries originais da Netflix também cada vez mais surpreendem e são elogiadas pela crítica, e como já contamos aqui no blog, adoramos Orange Is The New Black e BoJack Horseman. E um dos próximos projetos da empresa de streaming são filmes exclusivos, assim como já vem sendo feito com séries. Mas enquanto 2015 não chega e ainda não temos essas novidades, preparamos uma lista com 10 filmes que gostamos muito e estão no catálogo da Netflix:

01. Seven (1995)
   Esse filme de um dos nossos diretores favoritos, David Fincher, já é um clássico obrigatório do cinema. A narrativa conta a história de dois detetives, um jovem e outro pronto a se aposentar, feitos por Brad Pitt e Morgan Freeman, na caça por um serial killer que mata seguindo a ordem dos sete pecados capitais. O filme é cheio de reviravoltas e te deixa preso à tela. Vale destacar também a ótima atuação de Kevin Spacey.


02. Identidade (2003)
   Essa história de suspense é baseada no romance de Agatha Christie, O Caso dos Dez Negrinhos, e mostra um grupo de pessoas que ficam presas em um hotel por causa de uma tempestade, e aos poucos assassinatos começam a acontecer. O filme é surpreendente, tem um clima de suspense muito bom e você nunca irá descobrir o final.


03. Efeito Borboleta (2004)
   Ashton Kutcher está em um dos melhores momentos de sua carreira nesse filme onde ele protagoniza como Evan, um garoto que descobre que pode voltar no tempo e mudar coisas no seu passado. O que ele não espera é que cada uma dessas mudanças afeta em outras coisas no seu futuro e cada vez mais as coisas vão piorando. O filme tem um toque de suspense e ficção cientifica, mas ao mesmo tempo é um ótimo drama com um final que consegue arrancar lágrimas.


04. Melancolia (2011)
   Lars Von Trier dirige esse longa, que é estrelado por Kirsten Dunst. A atriz vive Justine, e o início da história retrata o seu casamento, e como essa ocasião começa a despertar certa depressão na garota. Logo é descoberto que um planeta, chamado Melancolia, irá atingir a Terra e o filme mostra como Justine, e sua irmã, Claire, lidam com a provável destruição do nosso planeta e a morte.


05. Lembranças (2010)
   Não só de Crepúsculo vive Robert Pattinson, e aqui nesse ótimo filme, ele vive Tyler, um rapaz com a família balançada após o suicídio do irmão. Ele encontra em Ally, uma garota que teve a mãe assassinada, um grande amor. Provavelmente este é o filme mais emocionante da lista, então prepare o lencinho, pois lágrimas virão.


06. Apenas o Fim (2008)
   Vencedor do primeiro prêmio Netflix, esse filme nacional é estrelado por Gregório Duvivier (adoramos esse cara), e é simples e delicado. A narrativa acontece toda em um ambiente, quando a namorada do personagem de Gregório o encontra e diz que essa é a última hora deles juntos, já que ela vai se mudar para algum lugar e assim quer pôr um fim no namoro. O filme é um grande diálogo entre os dois, onde eles fazem muitas referências a cultura pop e nerd, além de falarem sobre relações e namoro. Provavelmente quem está ou já passou por um grande relacionamento, vai se identificar com o casal.


07. Wall-e (2008)
   A animação da nossa lista conta uma história futurística onde a Terra foi deixada pela humanidade, e virou um grande entulho de lixo. Alguns robôs estão aqui no planeta limpando-o, e um deles é Wall-E. Um robozinho fofo que descobre o amor quando uma outra robô mais moderna é enviada para cá, a Eva. O filme é uma das animações mais fofas da Disney Pixar e somos apaixonados por esse casal de robôs!


08. Operação Cupido (1998)
   Dá vontade de indicar todos os filmes com a Lindsay Lohan que estão no catálogo, mas decidimos por esse, do início da sua carreira, em que ela aparece em dose dupla. Lindsay vive as pequenas gêmeas, Annie e Hallie, que cresceram separadas e acabam se conhecendo num acampamento. As duas descobrem que são irmãs e armam um plano para juntar novamente seus pais. O filme é um clássico da Sessão da Tarde, e merecidamente, pois ele é realmente bom e muito divertido.


09. Zumbilândia (2009)
   Um filme que mostra o apocalipse zumbi, mas aqui nada de terror não, é uma comédia, e das mais engraçadas. Conhecemos a dupla Columbus e Tallahassee, vividos por Jesse Eisenberg e Woody Harrelson, dois sobreviventes do apocalipse que continuam enfrentando os morto-vivos e lutando pela sobrevivência. Eles acabam cruzando com Little Rock e Wichita, feitas pelas atrizes Abigail Breslin e Emma Stone, e esses quatro juntos nos arrancam gargalhadas em um mundo pós-apocalipse.


10. A Mentira (2010)
   Mais uma comédia estrelada por Emma Stone na lista, e aqui ela vive Olive, uma garota invisível no colégio, até que ela finge que transou com um amigo gay, para ajuda-lo, e essa mentira toma proporções enormes e lhe transforma numa garota popular. Muitos bons filmes nos anos 80 e 90, e até nos inícios dos anos 2000, foram feitos com essa temática de High School (Ensino Médio americano), mas nos últimos anos poucos bons têm sido lançados, e A Mentira se destaca aí, por ser o melhor filme recente com jovens no colégio e todas essas questões de ser ou não popular.


   Muitos desses filmes são clássicos obrigatórios, e se você não viu ainda, tem a oportunidade de facilmente ver na Netflix. Se já os conferiu, pode rever, e escrevendo esse texto ficamos com muita vontade de assistir novemante vários deles. E vocês, quais filmes que estão no catálogo da Netflix e são adorados?

26 de dezembro de 2014

O Caso



   Um caso extraconjugal, algo já abordado de várias maneiras em todos os tipos de mídias, consegue em The Affair ser tratado de uma maneira excelente e única. A série conta o caso de Noah e Alisson, e como tal relacionamento afeta os ao seu redor, incluindo seus cônjuges. Mas aí você pode pensar, “não tô vendo nada de novo até aí”. A série se inova na forma de contar essa trama, cada episódio é dividido em duas partes, e em cada uma delas são contados os mesmos fatos mas do ponto de vista primeiro de Noah e depois de Alison (em alguns episódios a ordem muda). Assim, acompanhamos desde o início dois pontos de vistas diferentes, como que em flashbacks, enquanto no presente temos cada um deles em uma sala com um detetive sendo interrogados sobre um crime futuro, que inicialmente, não sabemos qual é.

   Tudo se envolve numa teia narrativa onde não sabemos o que é verdade, mentira, ou nenhum dos dois, isso é o interessante em The Affair. Ficamos buscando diferenças nas duas versões, para tentar entender qual se aproxima mais da realidade, que crime foi cometido, e como um caso pode ter levado a algo criminoso. Sabemos também que se duas pessoas contarem uma mesma história vivenciada, cada um do seu ponto de vista, teremos duas narrativas diferentes sobre o mesmo acontecido. Cada um vai dar mais importância para fatos que lhe chamam mais atenção, deixar de lado algumas coisas que para si era apenas um detalhe sem importância mas que para o outro era fundamental na história. 

   As próprias características dos personagens mudam muito durante as versões, parece que cada um, em sua história, faz questão de ser o seduzido. E com isso temos a atriz Ruth Wilson como grande destaque de interpretação! A protagonista Alison é a que mais apresenta essas mudanças, é como se Ruth interpretasse dois papeis diferentes. Na versão da sua personagem ela é a mulher sofrida, com um casamento destruído pela morte do filho que ainda não superou, uma pessoa frágil que acaba se envolvendo pelas seduções de Noah e que fica apaixonada. Na versão do protagonista, a vemos como uma mulher mais sedutora, que não se envergonha de tomar banho na frente de um homem que acabou de conhecer, que pouco lembra a fraca Alison do início da outra linha narrativa. E a atriz consegue nitidamente mostrar essas diferenças sem grandes atuações teatrais, ou artifícios do tipo, é tudo com uma sutileza espetacular. Não é à toa que ela está concorrendo ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série Dramática. 

   A velha e conhecida história de um caso, contado de uma forma diferente e instigante, que brinca com arcos narrativos e com a mente do espectador, tudo isso aliado com um mistério, isso é The Affair. Nós dois gostamos bastante dessa 1ª temporada que contou com dez episódios e voltaremos para a 2ª em 2015. Vale lembrar também que além da indicação já citada, a série está concorrendo também em Melhor Série Dramática e Melhor Ator em Série Dramática no Globo de Ouro. Ficou curioso, vai assistir? Ou já conhece The Affair? Divida suas opiniões com a gente!

24 de dezembro de 2014

Feliz Natal


   Então é Natal, chegou o dia de ganhar presentes, de comer muito com a família, de aguentar as tias perguntando das namoradinhas, e tudo mais que essa data reserva para a gente. E claro que nós, Bruno e Victor, não podíamos deixar de vir desejar um Feliz Natal para vocês. O blog tá há pouco tempo no ar, mas sabemos que já temos leitores fieis, pessoas que têm curtido e acompanhado muitas de nossas indicações. Prometemos que cada vez mais dividiremos experiências e novidades de cinema, televisão e mais algumas outras coisas com vocês!

   Em 2014 nos conhecemos e criamos esse blog, e acreditamos que tudo isso foi um presente de Natal adiantado que ganhamos do Papai Noel, e é igualmente isso que desejamos para vocês, muito amor, vivências incríveis e sonhos realizados! Para 2015 queremos que cada vez mais o blog cresça e que vocês continuem nos acompanhando. Nos esforçaremos para trazer o nosso melhor para cá, assim tentando inspirá-los de alguma maneira.

   Esse é um post apenas para desejar o melhor para vocês, mas não se preocupem, logo depois do Natal já voltamos com nossa programação normal! Que todos tenham um Feliz Natal e que comam bastante, pois comida é sempre bom, né gente?!

   P.S.: Para não ficar sem indicação de nada, alguns filmes de Natal que gostamos para quem quiser passar a data assistindo alguma coisa com a temática: O Estranho Mundo de Jack, Edward Mãos de Tesoura, Milagre na Rua 34, Papai Noel Casamenteiro e Esqueceram de Mim (que Victor não gosta, mas Bruno adora e bateu o pé e insistiu em colocar).

   Mais uma vez, Feliz Natal!

21 de dezembro de 2014

Dupla Identidade


   Cada vez mais produções audiovisuais brasileiras muito bem feitas têm surgido para quebrar o preconceito que ainda resta em muitos com produtos televisivos e cinematográficos nacionais. A série da Rede Globo que encerrou sua temporada na última sexta, Dupla Identidade, veio para isso, mostrar que podem ser feitas séries no Brasil com o mesmo nível das internacionais, e cumpriu seu propósito!

   Nós dois nunca fomos desses de preconceito, sempre gostamos de bons programas independente de sua origem. Já tínhamos algumas séries brasileiras que gostávamos bastante, como Tudo Novo de Novo, e a comédia Toma Lá Dá Cá, e também as minisséries O Canto da Sereia e Amores Roubados. Mas confessamos que Dupla Identidade superou todas as expectativas e se tornou nossa série brasileira favorita. Texto, direção e fotografia no nível dos melhores programas de tv internacionais, e esperamos que isso seja reconhecido pelo Emmy Internacional.

   A história de Edu conseguiu nos levar perfeitamente para um mundo pouco retratado em nossas séries, do serial killer e da divisão policial responsável em traçar o perfil psicológico desses criminosos, bem representada pela personagem de Luana Piovani, Vera (ótima personagem com força feminina, inclusive já citada na nossa lista com séries e filmes com fortes mulheres). As cenas dos crimes eram perfeitas, destaque para as do penúltimo episódio, onde Edu, aqui já foragido da polícia, sai descontroladamente perseguindo e assassinando mulheres em uma cidade do interior, e também para as cenas envolvendo o assassinato da personagem de Bárbara Paz.

   Claro que todas essas cenas citadas anteriormente, e toda a série, são mérito do ótimo texto de Glória Perez, que está de parabéns pela iniciativa e por todo o estudo e construção do perfil do serial killer. A impecável direção de Mauro Mendonça Filho, que conseguiu pegar esse texto e coloca-lo em moldes de uma série internacional, também foi um dos fatores para esse sucesso. Todo o elenco estava ótimo, mas o grande destaque fica para Bruno Gagliasso, o ator encarnou Edu de uma forma que conseguiu o colocar, agora sem sombras de dúvida, no patamar de melhores atores do Brasil, e quiçá do mundo.

   Esperamos que Dupla Identidade tenha sido apenas o início, e que tenha aberto portas para mais ótimas séries nacionais. Também aguardamos uma segunda temporada, que Glória Perez disse no seu twitter e em algumas entrevistas que vai rolar, mas ainda falta decidir algumas coisas e a decisão final da Rede Globo. Então por favor, fica aqui o pedido de dois expectadores ansiosos (e acreditamos que representamos muitos aqui), façam um segundo ano com um novo serial killer, e uma mulher como assassina agora seria bem interessante!

   E se você ainda não viu a série, ou se tem ainda algum preconceito com coisas feitas no Brasil, vamos parar de bobeira e de perder de ver ótimas produções por um motivo tão tolo. É fácil achar Dupla Identidade na internet, então confere, certeza que não vai se arrepender! E você que já assistiu, vem comentar com a gente. Adorou como nós? Também está esperando uma segunda temporada e novas produções nacionais no mesmo nível?

18 de dezembro de 2014

A Teoria de Tudo


   Ir assistir um filme com muitas expectativas é algo complicado e que pode gerar duas situações, a primeira onde o filme alcança, e as vezes até supera, o que você esperava e você se realiza com tal obra e o adiciona à sua lista de favoritos, ou numa segunda hipótese, ele não alcança, ou não era o que você esperava e assim um filme, que pode até ser muito bom, o frustra. Assistimos A Teoria de Tudo e para nós dois ele se encaixa na segunda opção, a de não alcance do grande esperado.

   O filme é um dos principais concorrentes do Globo de Ouro nas principais categorias como Melhor Filme dramático, Melhor Atriz e Ator em Drama. Pra quem ainda não sabe, ele conta a história de vida do físico Stephen Hawking, desde a época da faculdade, quando conhece sua então futura esposa Jane, até os dias atuais. Stephen sofre de esclerose lateral amiotrófica, doença que vai paralisando os músculos do corpo. Muitos nem devem conhecer a obra do físico, mas devem lembrar como “aquele cientista que fala através de um computador.” O filme vai acompanhar o avanço da doença, junto com sua relação com Jane e sua obstinação de continuar na pesquisa de uma teoria de tudo.

   Não pensem que achamos A Teoria de Tudo ruim, não, direção e atuações são perfeitas e realmente dignas de grandes premiações. Inclusive o grande destaque do filme é a interpretação do ator protagonista, Eddie Redmayne. Não conhecíamos seu trabalho antes, e nem vimos ainda a maioria dos filmes com outros atores indicados, mas desde já estamos na torcida para que ele leve o prêmio de melhor ator tanto no Globo de Ouro, quanto no Oscar, onde seu nome como indicado já pode ser dado como certo. Mas o ponto é que, não fomos tocados e nem o achamos tão grandioso como nossas expectativas previam. O filme em alguns momentos chegava a querer nos emocionar, mas o clima era cortado, e em todas as cenas a emoção e o choro ficou apenas no quase. Além disso a narrativa fala em muitos momentos sobre questões, leis e teorias da física e se você não tem muito conhecimento da área pode ficar sem entender algumas coisas sobre cenas relacionas à pesquisa de Stephen, e confessamos que este foi o caso para nós dois.

   De qualquer forma, acreditamos que A Teoria de Tudo merece ser assistido, com certeza você vai se surpreender com a atuação de Eddie Redmayne, e com Felicity Jones também, a atriz está muito bem no papel da protagonista. Não há como negar que o filme dá uma daquelas belas lições de vida e nos faz acreditar na superação além de tudo. Ou seja, vale assistir, conferir essa bela história, tirar suas próprias conclusões e vir falar para a gente o que achou. Mas uma dica, não vá com grandes expectativas!

16 de dezembro de 2014

A Virgem Joana


   Há alguns dias atrás foram divulgadas as indicações para o Globo de Ouro do próximo ano, e algumas séries que assistimos estavam lá, incluindo Jane The Virgin, nas categorias “Melhor atriz de série de comédia” e “Melhor série de comédia”. Mas a indicação de Jane é uma surpresa feliz por um fato, é a primeira nomeação de algum programa da rede CW para uma grande premiação, e pra quem não sabe esse é o menor canal aberto dos Estados Unidos e que passa várias séries que muita gente adora, mas são consideradas mais teens ou “não tão boas assim”, como The Vampire Diaries e Supernatural.

   A trama dessa série é baseada na novela Juana La Virgen (que Bruno assume ter assistido), original da Venezuela, e que foi exibida no Brasil pela Rede Record. A história nos apresente Jane, uma garota que está em seu último ano de faculdade mas ainda é virgem, pois foi incumbida por sua vó desde criança a se casar assim. Mas o que era para ser apenas um exame de rotina na ginecologista, acaba se transformando em gravidez. A médica acaba trocando alguns papeis e assim se confunde e insemina artificialmente Jane, ao invés da paciente do consultório ao lado. Daí por diante a trama se forma, Jane está grávida e virgem, e acaba descobrindo que o pai da criança que espera é o dono do hotel onde trabalha e uma antiga paixonite sua, e claro, fica dividida entre ele e seu noivo. Outras tramas paralelas vão sendo criadas, como um misterioso assassinato no hotel e a descoberta de que o pai de Jane é um famoso galã de novelas mexicanas, Rogelio de La Veja (interpretado pelo real ex-galã de novelas mexicanas Jamie Camil, muito conhecido como o Seu Fernando de A Feia Mais Bela), e como damos gargalhada com este homem, um dos personagens mais engraçados da série.


Jaime Camil, o Seu Fernando em A Feia Mais Bela, como Regelio De La Vega

   Se você é fã de Ugly Betty e Desperate Housewives ou séries com essa pegada mais novelas latinas, Jane the Virgin é a indicação certa!  E é interessante a forma como o programa consegue ao mesmo ter as produções mexicanas como grande referência e fazer um humor em cima de tudo isso. Temos um narrador que ao mesmo tempo explica o que aconteceu, nos lembra de fatos e faz comentários tendenciosos. A latina que só fala em espanhol mesmo morando há anos nos Estados Unidos também está presente através da vó de Jane. As cenas clichês e românticas das telenovelas também estão lá, assim como os ganchos e mistérios típicos, como o “quem matou”, mas tudo de uma forma esperta, e muitas vezes inteligente, mas também humorada e super divertida.

   Nós dois estamos adorando essa série, e ficamos felizes com suas indicações ao Globo de Ouro e também pelo reconhecimento que ela vem tido da crítica internacional especializada em televisão. Vale ressaltar que Gina Rodriguez, intérprete de Jane, está realmente muito bem e é engraçada e cativante. E se você tinha algum tipo de preconceito com esse tipo de série, perca, pois até as grandes premiações se renderam ao encantamento e diversão que é Jane the Virgin.

14 de dezembro de 2014

O Poder Feminino na Tela



   Os últimos dias não foram nada fáceis para mulheres e homens apoiadores da causa feminista, depois do discurso de Anitta no programa Altas Horas, já falado aqui no blog, tivemos homens defendendo a cantora nas redes sociais e dizendo que realmente não merecem mulheres rodadas. Para completar houve o caso do deputado Jair Bolsanaro que disse que a deputada Maria do Rosário não era estuprada pois não merecia.

   Diante destes fatos, decidimos fazer uma lista com 10 filmes e séries que mostrem mulheres sendo representadas de uma forma justa, mostrando o poder feminino e como apesar de todos esses discursos machistas que vemos na nossa sociedade, ainda podemos encontrar na arte lugares onde a mulher é bem representada. Que fique claro que não são obras com teor totalmente feministas, mas que tem uma boa representação feminina e que nós, como casal, gostamos:

01. Lovelace (2013)
   O filme que conta a história da atriz pornô Linda Lovelace, conhecida pelo filme Garganta Profunda, é perfeito para tratar do assunto. Linda hoje em dia é ativista contra a indústria pornô e abusos sexuais contra as mulheres, e o filme mostra toda sua trajetória na indústria e o que ela sofreu. Destaque para a ótima atuação de Amanda Seyfried, em um dos melhores momentos de sua carreira.



02. Malévola (2014)
   O recente filme contando a história da Bela Adormecida pelo ponto de vista da vilã tem uma bela representação feminina. Logo no início já vemos o abuso que Malévola sofreu de um homem por quem se apaixonou quando jovem e o trauma que isso trouxe para sua vida. O filme ainda trata sobre a amizade entre duas mulheres, sendo muitas vezes superior ao amor por um homem.



03. Jogos Vorazes (2012)
   E aqui poderíamos citar todos os três filmes da saga já lançados e não apenas o primeiro. Katniss é a perfeita heroína feminina, uma garota que não baixa a cabeça para o sistema onde vive e luta para transformá-lo. Ainda temos outras personagens femininas fortes como Johanna e Alma, representada por Julianne Moore, no terceiro filme.



04. Cisne Negro (2010)
   A história da bailarina Nina que sempre foi manipulada por sua mãe para ser a garota perfeita mostra também o poder feminino. Natalie Portman em um dos melhores personagens, que inclusive lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, retrata bem o íntimo e até a loucura da garota. Destaque para a bem conhecida cena de sexo entre Portman e Mila Kunis.



05. Meninas Malvadas (2004)
   A história de Regina George e amigas (e inimigas) faz sim parte da nossa lista, apesar de muitos acharem que o filme apenas passa a ideia de mulheres fúteis. Não, Meninas Malvadas, mostra o poder das mulheres, a cena do ginásio onde todas as meninas são reunidas e cada uma deve falar algo e depois se jogar no meio das outras é espetacular para mostrar isso. Fora Tina Fey, que tanto seu personagem no filme, quanto a atriz, são exemplos de mulheres representativas.



06. Azul é a Cor Mais Quente (2013)
   Esse é o nosso filme favorito sobre amor gay entre duas mulheres. Ele conta belamente a descoberta da sexualidade de Adéle ao lado da bem resolvida Emma. A história vai retratando todo o relacionamento das duas garotas, de uma forma muito franca, crua e sincera.



07. Elena (2013)
   O documentário é o único filme brasileiro da lista, e Elena é a representação perfeita da mulher artista que vai em busca dos seus sonhos e que não sabe viver sem a arte. A irmã Petra faz uma belíssima homenagem não só à personagem título, mas à todas as mulheres, principalmente às que têm a arte em sua alma.



08. Once Upon a Time (2011 – em exibição)
   A primeira série da lista conta com várias personagens fortes tiradas dos contos de fadas. Temos Branca de Neve e a madrasta, Regina, fortes como nunca vimos antes, além de uma “salvadora” mulher, que é Emma. Atualmente Once Upon a Time incluiu em sua narrativa personagens de Frozen, outra história que mostra o poder das mulheres e o amor fraternal entre meninas, assim reforçando ainda mais a ideia do poder feminino na trama.



09. American Horror Story (2011 – em exibição)
   Essa série, muito amada e odiada, pode ser xingada de tudo, menos de não dar para as mulheres o seu devido espaço e reconhecimento de forma plena. Desde a primeira temporada temos uma gama de personagens femininos totalmente fortes e dominantes na série. Na super criticada terceira temporada, os personagens masculinos eram raros, e as tramas de bruxaria eram uma grande alegoria para tratar do poder feminino.



10. Dupla Identidade (2014)
   A última obra da nossa lista é essa espetacular série brasileira, que não deixa nada a desejar para as séries internacionais, e que tem ótimas representantes na polícia investigando o caso do serial killer, Edu. Destaque para a personagem para Vera, representada por Luana Piovani, policial que veio do FBI, forte e determinada, e que está cada dia mais perto de descobrir tudo sobre o maníaco Edu.




   Muitos filmes e séries passaram despercebidos ou tiveram que ficar de fora da nossa lista, por isso agora queremos saber de vocês, quais seus filmes e personagens femininas preferidos do cinema ou televisão?

11 de dezembro de 2014

Além dos 500 dias com ela



   (500) Dias Com Ela é um filme que nós dois gostamos muito (Bruno muito mais que Victor, mas ele também gosta bastante), pois contém uma história que foge das comédias românticas idealizadas, com fácil identificação, ótima trilha sonora, um maravilhoso elenco, etc. Poderíamos enumerar mais vários pontos positivos para essa obra cinematográfica e fazer um texto todinho, e bem longo, sobre ele. Mas isso já foi feito por muitos outros sites e blogs. Gostar de (500) Dias Com Ela já é algo comum, escrever e teorizar sobre ele também.

   Como já dito, o elenco é um dos pontos fortes deste filme, Zooey Deschanel virou atriz queridinha depois dele, Joseph Gordon-Levitt ganhou cada vez mais reconhecimento como um ótimo ator, Chloë Grace Moretz é uma das atrizes mais bem sucedidas da sua idade e muitas vezes nem lembramos que a pequena irmã de Tom foi um dos seus primeiros papeis de destaque no cinema. Com isso, hoje iremos trazer pra vocês alguns outros trabalhos com atores do elenco de (500) Dias com Ela que nós dois também curtimos bastante.

   Mistérios da Carne (2004) com Joseph Gordon-Levitt é nossa primeira indicação. Nesse filme, o intérprete de nosso querido Tom, vive Neil, um jovem homossexual que teve problemas na sua infância que refletem em sua vida adulta. De outro lado temos Bryan, um garoto da mesma idade de Neil, que acredita que quando criança foi abduzido por alienígenas. Em certo momento a vida desses garotos se cruzam e vamos descobrindo os segredos que rondam suas infâncias. O filme consegue manter uma áurea de suspense e ao mesmo tempo ser um ótimo drama. Se gosta de filme com temáticas homossexuais e ainda não o assistiu, nós recomendamos para você.



   Fim dos Tempos (2008) com Zooey Deschanel é nosso filme preferido com a atriz depois de (500) Dias Com Ela. Na época desse filme Zooey ainda não era uma atriz tão conhecida e nem queridinha hipster. Ele é dirigido por M. Night Shyamalan (diretor conhecido por O Sexto Sentido), e é duramente criticado. Nós dois não conhecíamos outra pessoa que gostasse deste filme antes de nos conhecermos (somos um casal perfeito mesmo), e sim, nós gostamos muito dele e o indicamos! O filme conta a história do professor Elliot, que junto com sua esposa Alma (interpretada por Zooey Deschanel) buscam fugir de uma epidemia que toma conta das principais cidades do Estados Unidos e faz as pessoas se suicidarem. As mortes são ótimas, muito criativas, e o filme consegue manter um clima de suspense e tensão. Logo na primeira cena temos uma sequência de suicídios que nos deixa boquiabertos!



   Kick-Ass (2010) com Chloë Grace Moretz é nossa terceira indicação e para nós a melhor atuação da jovem atriz. O filme narra Dave, um jovem nerd e viciado em histórias em quadrinhos, que decide então virar um verdadeiro super-herói, o Kick-Ass. Mas isso não é tão fácil como pensava e ele acaba conhecendo verdadeiros super-heróis, Big Daddy e sua filha, Hit Girl, vivida por Chloë. O filme é divertido, tem boas cenas de ação e o elenco está espetacular. Destaque para a menina, que na época com apenas 13 anos, arrasa na atuação e também nas cenas de ação.



   Criminal Minds (2005 – em exibição) com Matthew Gray Gubler é a única série da lista (apesar de Bruno também recomendar New Girl com Zooey Deschanel, apesar de Victor não assistir), é uma série policial focada em uma equipe do FBI que analisa perfis de serial killers. Matthew Gray Gubler interpreta o jovem Dr. Spencer Reid, um gênio sem muita vida social e com um alto QI. Se você não quer assistir essa série regularmente, tudo bem, é fácil assistir apenas um ou outro episódio aleatoriamente, pois são casos semanais sem nenhum grande arco de história envolvido. Mas muitos episódios são excelentes, então recomendamos que a próxima vez que você estiver zapeando pelos canais de televisão e Criminal Minds estiver passando, dê uma chance e assista.



   Existem outros filmes que também gostamos com o elenco de (500) Dias Com Ela, mas focamos naqueles que como casal são nossos preferidos. E vocês, concordam com a gente? E qual filmes ou séries com o elenco que vocês gostam além desses?

Stalker


   Gosta de um bom suspense e boa trilha sonora? Se sim, a série que vamos indicar hoje é perfeita para você! Estamos falando de Stalker, nova série do canal americano CBS e que é transmitida no Brasil pelo Universal Channel.

   Essa é mais uma das novas séries que adoramos assistir juntos (e estamos querendo viciar vocês em todos elas, acreditamos que já perceberam), e ela se passa em um departamento da polícia especializado em investigar casos que envolvam perseguições, ou os conhecidos, stalkers, que há cada dia mais ficam frequentes, principalmente com as redes sociais e o costume de se expor totalmente. Muitas vezes casos envolvendo assédio sexual e virtual, voyeurismo e fixação romântica estão presentes nessas investigações.

   O início da história se dá quando Jack (Dylan McDermott, das duas primeiras temporadas de American Horror Story) chega para trabalhar nessa divisão policial, que está ao comando de Beth (Maggie Q, da série Nikita). Sim, a série é um procedural (séries de casos semanais), mas a gente promete pra você que ela não é cansativa ou repetitiva como os CSI da vida! Além disso, Stalker tem ótimas tramas paralelas que vão se desenvolvendo por fora dos casos. Como o mistério que envolve o passado da protagonista e um novo stalker que passa a persegui-la. E Jack, que vamos tendo evidências de que é um stalker e também guarda segredos no passado. Como já dito no início, quem gosta de ficar tenso com um bom suspense vai gostar muito do programa pois as cenas iniciais, que nos apresentam o perseguidor da semana, são sempre bem tensas e típicas de filmes ao estilo Pânico. Isso não é por acaso, a mente criadora por trás dessa quadrilogia de filmes e da série da qual falamos, é a mesma, Kevim Williamson. Além disso ele também é criador de outros shows bem conhecidos, como The Vampire Diaries, Dawson´s Creek e The Following.

Maggie Q e Dylan McDermott como Beth Davis e Jack Larsen

   Não podemos nos esquecer do quesito trilha sonora, pois a de Stalker não deixa nem um pouco a desejar. As cenas finais de cada episódio são acompanhadas ao som de alguma música conhecida em uma nova versão, podemos mais dizer, mais sombria. Deixamos aqui o link da versão da música One Way Or Another (original da banda Blondie, mas que voltou a ficar popular recentemente numa versão do One Direction):


   Stalker continua em exibição nos Estados Unidos, onde já foram transmitidos dez episódios. Se interessou? Então corre para assistir, e ficar em dia como a gente, e vir comentar aqui no blog o que achou!

7 de dezembro de 2014

Bojack, o Cavalo Maroto



   Com certeza vocês já ouviram falar de House of Cards e Orange Is The New Black, mas vocês já conhecem BoJack Horseman, a primeira série de animação adulta da Netflix? Se ainda não, tudo bem, pois hoje iremos apresentá-la para você!

   Antes de tudo, vale contar que a animação conta com um time espetacular de dubladores, entre eles, Will Arnet (o Gob de Arrested Development), Alison Brie (a Annie de Community) e Aaron Paul (o Jesse de Breaking Bad). A série tem como personagem principal Bojack Horseman, que dá nome ao show, e ele é um cavalo que alcançou a fama nos anos 90 com um sitcom chamado “Horsin’ Around” e que atualmente é aquele “artista problema” que já causou muito, por conta disso não consegue mais bons papeis e vive afundado nas drogas e no álcool (alguém aí lembrou de Charlie Sheen e Lindsay Lohan?) Mas Bruno e Victor vocês falaram que ele é um cavalo? Sim, isso mesmo, mais especificamente um homem-cavalo, pois a série se passa em uma realidade onde os animais são humanizados e todos se relacionam sem estranhamento, inclusive você verá Bojack transando com muitas mulheres, não se espante. E ainda o mais hilário de tudo isso, é ver animais tão humanizados mas ao mesmo tempo conservando características de sua própria espécie. Bojack relincha durante o sexo e o cachorro Peanutbutter não consegue se controlar e sempre persegue o carteiro, entre vários outros exemplos que o farão gargalhar enquanto assiste os episódios.

   O humor negro está totalmente presente na série, e você verá figuras conhecidas como o ator Andrew Garfield, o diretor Quentin Tarantino e a cantora Beyoncé, sendo representados, e muitas vezes zoados, na animação. Mas não vá achando que esse é um programa onde você vai apenas rir, Bojack Horseman apresenta uma forte carga dramática e o último episódio dessa primeira temporada é tristíssimo. Muitas vezes nos pegávamos gargalhando e poucos minutos depois olhando para o outro e o vendo com os olhos cheios de lágrimas.

   Um misto de um ótimo texto, excelente animação e incríveis interpretações dos dubladores, isso é Bojack Horseman! E temos certeza que você vai adorar mesmo que não seja fã de séries de animação. Por exemplo, Bruno, ao contrário de Victor, nunca foi de acompanhar esse tipo de séries, mas decidimos dar uma chance para ela e não nos arrependemos nem um pouco.

   Bojack Horseman teve 12 episódios nessa primeira temporada, e sim, já foi renovada pela Netflix para uma segunda temporada que deve estar disponível depois de meados de 2015. Estamos muito ansiosos pelos próximos episódios e também para que vocês assistam e venham dividir as suas opiniões conosco!

5 de dezembro de 2014

Onde Estão Escondidos os Bons Filmes de Terror?



   Filmes de terror são os nossos prediletos quando pensamos em ver alguma coisa, acredito até que se pegarmos todos os filmes que já assistimos juntos a maioria foi desse gênero, mas de todos esses provavelmente não conseguiremos um realmente muito bom para indicar para um amigo. O fato é que, as produções cinematográficas de terror de hoje em dia não são como as de alguns anos atrás, inclusive já nos perguntamos, os filmes de horror que caíram de qualidade ou fomos nós que crescemos e deixamos de nos envolver tanto com eles? É uma pergunta que fazemos para vocês leitores também.

   Uma obra cinematográfica de terror para ser excelente em nosso ponto de vista deve conter uma boa e intrigante narrativa aliada a sustos, mas além do que apenas isso, um sentimento de tensão, daqueles que nos perturbam mesmo depois do filme acabar, daquele medo que temos até de ir ao banheiro antes de dormir lembrando da história. Acho que o último filme que conseguiu fazer isso nos últimos anos foi Invocação do Mal. Mas nós assistimos juntos quatro produções de terror bem recentes nas últimas semanas e vamos contar pra vocês um pouco das nossas impressões.



   O primeiro filme é At the Devil's Door que tem uma trama, não só a princípio, bem confusa. Nós somos apresentados a Hannah (Ashley Rickards, a protagonista Jenna da série Awkward.) que por vontade de um namorado vende sua alma ao Diabo. Logo após esse início, sem muito entender, somos jogados para a vida de Leigh, uma corretora de imóveis e sua irmã Vera (Naya Rivera, a Santana de Glee). Não se entende qual a ligação delas com Hannah, até que o filme explica, mas nada tem o menor sentido. Não vamos revelar mais para vocês para não dar spoiler, mas o filme todo foi seguido por essas duas frases: “isso não tem sentido” e “que filme chato”.



  Assim na Terra Como no Inferno (As Above, So Below) foi o segundo assistido e ele é um Found Footage (filmes gravados com câmeras de mão, como se os próprios personagens tivessem gravando, para dar um tom realista), e esse tipo de produção, que ficou popular no terror com A Bruxa de Blair, incomoda muito o Bruno, mas surpreendentemente isso não o irritou neste filme! Um ponto bem legal dessa história é que ela pega um fato real como base da narrativa, as catacumbas que jazem sob Paris. É nesse subterrâneo cheio de corpos da capital da França, que o filme se baseia e passa toda sua ação. A protagonista Scarlett é uma historiadora e pesquisadora especialista em questões alquimistas, e vive pelo mundo em busca de objetos considerados históricos e sobrenaturais para estudo, mas sua grande meta é encontrar a Pedra Filosofal. Ela descobre que tal objeto está nessas catacumbas sob Paris. Ela reúne uma equipe e eles vão em busca da pedra. Daí por diante muito terror e medo passa a tomar conta tanto dos personagens, quanto do telespectador, e o filme consegue se encaminhar muito bem, cumprindo todos os requisitos, que citamos no segundo parágrafo, para ser um ótimo filme de terror até que chegamos na parte final. O filme passa a ser tão corrido, e ter umas resoluções e mortes tão toscas que acaba estragando muito do bom trabalho que tinha feito até então.
 

 

  O terceiro da lista é Ouija, e se baseia no famoso tabuleiro de comunicação com os mortos, que muitas vezes já adaptamos como o jogo do copo ou do compasso. E isso é um ponto interessante, quem nunca brincou desses jogos ou ouviu histórias que fulaninho brincou e morreu no outro dia? Mas vamos a sinopse, Ouija conta a história de duas amigas de infância, Debbie e Laine (Olívia Cooke, a Emma da série Bates Motel), que desde crianças brincavam com o tabuleiro Ouija. Depois de adulta Debbie volta a usar um desses tabuleiros e certo acontecimento faz Laine, sua irmã e mais três amigos também irem brincar com o jogo dos espíritos. Se você quer um terror típico adolescente, com muitos sustos clichês como, pessoas aparecendo do nada e portas batendo, esse é o filme certo, e cumpre muito bem esse papel. Nós dois realmente levamos muitos sustos assistindo, mas ele não nos deixou com aquele sentimento de tensão nem durante e muito menos depois de encerrado. As tramas também são super rasas, a história por trás do espírito maligno poderia ter sido muito mais abordada e alguns desfechos beiram ao ridículo.
 


   O último da lista é o australiano The Babadook, e aqui entra uma grande discordância entre o casal, enquanto Bruno adorou o filme, Victor não o achou uma boa produção de horror. A trama do filme é bem simples e acompanha uma mulher viúva e seu filho de seis anos que insiste que é perturbado por um monstro chamado Babadook. A criança não consegue deixar a mãe dormir e tem grandes ataques por causa disso, chegando a ser expulsa da escola. Ela demora a acreditar mas começa a ver evidências que esse monstro é real e passa a ser assombrada também. O filme é bem simples, sem grandes plots, se passa quase todo com os dois personagens dentro da casa e é muito linear, por esses motivos Victor o achou muito entediante e em nada parecendo um filme de terror, muito mais lembrando uma história de drama. Bruno concorda com esses pontos, mas para ele esses vêm a favor do filme. A simplicidade e a forma como tudo o fez se sentir tão tenso, assim como a mãe e o filho, pelo Babadook, o fizeram gostar da produção. Sim, o filme é um drama camuflado de filme de terror, e o monstro nada mais é que uma representação, que não vamos analisar aqui ou dizer do que se trata para não contar detalhes sobre o rumo final da obra, mas para Victor essa alegoria é feita de uma forma nada sútil e isso conta pontos contra o filme. Mas vale ressaltar ainda a ótima atuação da atriz Essie Davis, que nenhum de nós dois conhecíamos.

  Esses foram os quatro filmes de terror que queríamos dividir com os leitores, e agora esperamos saber de vocês, já assistiram algum deles ou querem assistir? Tem algum filme desse gênero para recomendar para vermos juntos como casal?

3 de dezembro de 2014

Como sair impune de um homicídio.

   Um grande mistério, uma trama cheia de reviravoltas e uma grande protagonista feminina; se tivéssemos que resumir a série que vamos indicar hoje em um curto espaço seria assim.

   A série em questão é How To Get Away With Murder, a primeira série que indicaremos aqui no blog. HTGAWM (como será chamada daqui pra frente) é aquela série que quando nos perguntam: “Qual série nova você tá vendo para me indicar?”, ela logo vem como primeira opção em nossas mentes. Nós assistimos quase todos os pilotos desta temporada 2014/2015 e sem dúvidas essa é a nossa série estreante preferida da temporada.

   Você que não conhece a série ainda deve estar se perguntando, mas Bruno e Victor do que se trata essa série que vocês dizem ser tão boa? Vamos lá, a série foca em uma turma de calouros de um curso de Direito, mais especificamente em cinco desses alunos e em sua professora, Annalise, que dá a disciplina que ela intitula, numa tradução para o português, de “Como sair impune de um homicídio”, que como já ficou obvio dá o nome ao programa. A série se inicia com quatro desses alunos tentando se livrar de um corpo, que a princípio não sabemos de quem é, e nem as circunstâncias que fizeram chegar até esse momento. A cada episódio temos pequenas revelações e acontecimentos na noite do crime, mas o enredo principal dos episódios vai se passando meses antes, para irmos entendendo e juntando o quebra-cabeça dos fatos que levaram até a fatídica noite.

   Como já falado antes a história é cheia de reviravoltas, cada fim de episódio ficamos extremamente surpresos e exclamando expressões como “OMG!” e precisando do próximo urgentemente. Outro grande fator que faz a série ser tão boa é a atuação de Viola Davis (que já ganhou um Oscar de atriz coadjuvante no filme Dúvida aparecendo em apenas duas cenas), que interpreta a protagonista Annalise. Apostamos facilmente nela como uma das atrizes a concorrer como Melhor Atriz em Série Dramática no Emmy, Globo de Ouro, e outras importantes premiações do próximo ano. Além dela outros nomes conhecidos que integram o elenco são: Alfie Enoch, conhecido como o Dino Thomas da saga Harry Potter, e Matt McGorry, que faz o Bennett em Orange Is the New Black (outra série que adoramos).


Matt McGorry e Alfie Enoch como Asher Millstone e Wes Gibbins. foto: abc.go.com
   Ainda vale ressaltar outro nome de peso por trás da produção de HTGAWM, que é Shonda Rhimes. Pra quem não sabe ela é a showrunner do sexo feminino de maior sucesso atualmente nos Estados Unidos. Além dessa ela emplaca duas outras séries de grande sucesso, que são Grey´s Anatomy e Scandal. Aliás, essa segunda também super recomendamos!

   HTGAWM está atualmente em hiato de fim de ano e volta a exibir episódios inéditos no dia 29 de janeiro. Ela até agora teve nove episódios exibidos, ou seja, poucos, dá pra você fazer uma maratona rápida e acompanhar quando a série voltar e assim vir comentar com a gente o que achou, e também no futuro sobre os novos episódios, pois com certeza ainda iremos falar muito mais sobre Annalise e seus alunos.