Temos visto filmes e séries sobre zumbis tomar a produção audiovisual a cada dia mais, e o lado bom disso, é a diferente abordagem que temos muitas vezes. Como exemplo, já elogiamos a série iZombie (veja aqui nosso post), que trata do tema de uma forma totalmente diferente e com uma pegada bem mais leve e que deu super certo. O filme Maggie: A Transformação vem com um outro olhar para os "mortos-vivos" e podemos dizer que o resultado final é positivo.
A história tem como protagonista, Maggie, muito bem interpretada por Abigail Breslin (que aliás só nos surpreende positivamente em suas atuações desde Pequena Miss Sunshine, e estamos ansiosos para ver sua estreia na tv em Scream Queens), uma jovem garota que é mordida por um zumbi. Mas no mundo do filme, a transformação não é imediata, ela vai ocorrendo num processo lento, que pode durar semanas. Assim os familiares podem ficar com o infectado em casa por um certo tempo, mas quando estes começam a dar algum indício de perigo, ou avanço na transformação, são obrigados a levá-los para uma quarentena feita pelo governo. O pai de Maggie, interpretado por Arnold Schwarzenegger (em um papel totalmente diferente de tudo que já fez), decide ficar com a filha em casa. E aí surgem os grandes dilemas da narrativa, pois quanto tempo você ficaria com alguém que ama, mesmo sabendo que ela lhe traz riscos? Será que o melhor seria matar o infectado logo e livrar todos de um sofrimento iminente? E como são os últimos dias da vida de uma pessoa que sabe que se tornará um zumbi?
Se você pensa que por ter Schwarzenegger e zumbis, veria muita matança e pancadaria, está enganado. O filme é um drama com questões bem emocionantes e com isso o famoso ator teve a oportunidade de mostrar um outro lado de sua atuação, e a fez bem, inclusive já sendo premiado e elogiado em alguns festivais onde o filme foi exibido. A fotografia do longa-metragem também é algo a se destacar positivamente. Sempre com cores cinzas, consegue representar bem o que está se passando e dá o tom certo para o mundo melancólico onde esses personagens estão inseridos.
Podemos dizer que Maggie: A transformação consegue fazer bem o que The Walking Dead já tentou muitas vezes de forma insatisfatória, que é usar os zumbis para se ter um olhar filosófico e fortemente dramático. Inclusive, se você não é fã filmes de ação, é uma oportunidade de ver a questão tratada de um outro ponto de vista e de assistir Schwarzenegger sem ser em O Exterminador do Futuro: Gênesis, que está nos cinemas.
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